Segue abaixo a matéria e entrevista na íntegra.
O Médico Riostrense Dr Gilson Vianna é o nosso entrevistado da semana. Dr Gilson está a mais de 15 anos atuando em Rio das Ostras e tem desempenhado papel importante na área de saúde no município. Muitos não tem conhecimento,mas ele foi o presidente da Associação Médica de Rio das Ostras por 2 mandatos consecutivos e atualmente é o vice presidente. Dirigiu também a Unimed em Rio das Ostras e foi um dos pilares da concretização do projeto que garante até hoje um plano de saúde de qualidade aos funcionários da prefeitura. Carioca,cresceu no bairro de inhaúma e chegou quase a jogar profissionalmente no América FC do Rio de Janeiro, clube pelo qual torce até os dias de hoje. Confira mais na entrevista abaixo:
-Como foi o Dr. Gilson na sua infância?
-Minha infância foi passada em Inhaúma, subúrbio do Rio de Janeiro, na rua Aitinga nº 94 perto da praça São Thiago. O contato com animais e a natureza era grande.
A diversão principal era jogar peladas, nas ruas, nos campinhos, nos terrenos baldios e no campo grande da Everest F.C.. Soltar pipa era outra paixão. As festas juninas com os céus cheios de balões eram um sonho real. Época em que brincávamos na rua sem menor perigo de violência.
-Como foi Dr. Gilson na sua juventude?
Minha juventude foi também vivida em Inhaúma, jogando as peladas nos domingos pela manhã e domingo a tarde jogando no 1º time da Everest, quando não estava jogando no América Futebol Clube, primeiro infanto-juvenil e depois juvenil.
Fiz o ginásio e o científico no Colégio Pedro II internato em São Cristovão, fui seminterno durante 7 anos. Os bailes de carnaval nos clubes eram animados e concorridos, a paquera corria solta.
-Conte-nos um pouco sobre a sua atuação como jogador do América do Rio.
-Fui levado por um amigo mais velho para treinar na manufatura ( antigo clube da Klabin ) e neste dia o América estava treinando lá. Este amigo que é americano conseguiu com um diretor uma carta de apresentação, fiz um teste no infanto-juvenil e fui aprovado. Fiquei no América até o aspirante e quando entrei para a faculdade deixei o América. Alguns que jogaram comigo seguiram e se tornaram grandes jogadores: Tarcísio ( Grêmio e Seleção Brasileira ), Jeremias ( Fluminense ), Nelinho ( Cruzeiro e Seleção Brasileira ) e outros.
-Como surgiu a Medicina em sua vida ?
- Minha mãe falava que desde menino eu já dizia que ia ser Pediatra. Nunca pensei em outra profissão. A paixão pela medicina já veio de berço.
A medicina sempre foi uma das razões da minha vida. Infelizmente o médico perdeu prestígio e representatividade com o passar dos anos. Num passado recente o médico vivia próximo a seus pacientes e seus famíliares.Havia respeito e aproximação. Hoje isto mudou, mas ser médico ainda é muito importante para mim.
-Onde surge Rio das Ostras em sua vida ?
- Há +/- 48 anos eu e minha esposa ainda éramos jovens namorados quando viemos a uma excursão a Rio das Ostras e ficamos apaixonados pela cidade e já começamos a falar que um dia viríamos a morar aqui. Nos formamos, casamos, a vida deu tantas voltas e há 25 anos compramos nossa casa de veraneio em Costa Azul e a 15 anos estamos morando na cidade.
-Fale um pouco sobre a saúde pública no Estado do Rio de Janeiro.
- A saúde no Estado do Rio de Janeiro ficou estagnada durante muito tempo, os investimentos nesta área nos últimos governos foram muito pequenos, praticamente não houve crescimento no número de leitos hospitalares, e número de hospitais de emergência. Trabalhei durante 10 anos ( 1987 – 1997 ) na emergência do hospital Getúlio Vargas na Penha e naquela época já era difícil e agora está pior. No momento a única novidades são as UPAS, que espero que sejam mantidas e expandidas, o que já representa uma luz no fundo do túnel.
-E em Rio das Ostras ?
-A saúde de Rio das Ostras não é muito diferente da saúde do Estado. Precisamos provocar um debate grande nesta área, estamos na cidade de maior crescimento populacional no Estado, portanto temos que ter planejamento e crescimento contínuo dos serviços prestados.
Nossa emergência municipal precisa de melhores serviços e principalmente maior área física, estamos com o mesmo Pronto Socorro de 40 000 habitantes. O corpo de profissionais que atuam no Pronto Socorro é qualificado, mas precisamos dar condições para que eles possam desempenhar bem o seu trabalho. E estas condições passam por melhor ambiente físico, equipamentos e materiais, melhor alimentação e fundamentalmente por melhores salários.
Na saúde básica é aonde precisa de maiores investimentos e uma melhor organização.
Estamos ainda parados em relação ao projeto saúde da família .
Precisamos melhorar muito a atenção básica em saúde, só assim diminuiremos o fluxo de pacientes no Pronto Socorro. A prevenção é essencial e decisiva para uma melhor saúde da população.
-E a sua relação com o Médico e Deputado Federal Dr Aluízio ?
-Dr. Aluisio neurocirurgião, é meu amigo há alguns anos. Juntos participamos do cargo diretor da Unimed local durante 8 anos. Por conhecê-lo bem e acreditar nas suas propostas políticas é que participei aqui em Rio das Ostras da sua campanha na eleição para Deputado Federal.
-Como é o cotidiano do Dr Gilson ?
-Minha vida na atualidade resume-se na atuação como médico pediatra efetivo da prefeitura de Rio das Ostras atuando nos Postos de Saúde: Palmital, Recanto, Nova Esperança e Âncora. Atuo também no consultório particular nas especialidades de Alergia-Imunologia, sou proprietário da Imunolagos Clínica de Vacinas, sou vice presidente da Assomero ( Associação Médica de Rio das Ostras ), sou representante da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia-RJ, na região dos lagos. Também escrevo matérias para alguns jornais e revistas da cidade.
Dr Gilson está recebendo mensagens através do email drgilsonriodasostras@hotmail.com e também está com um Blog onde publicará textos sobre sua atuação na área da saúde em Rio das Ostras e opinar sobre o que acontece em nossa cidade.
